Anteriormente desconhecido por grande parte das pessoas, atualmente o Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem ganhando cada dia mais visibilidade, inclusive nas mídias sociais, com filmes, séries e programas abordando o tema. Vale lembrar, porém, que muitas pesquisas ainda precisam ser realizadas, devido a vários questionamentos e comportamentos que permeiam esse distúrbio.
Conforme explica a fonoaudióloga Tais Nogueira, da Fonocenter, o TEA é um distúrbio global e precoce do neurodesenvolvimento. Ele altera as capacidades do indivíduo de interagir com o meio, por afetar três áreas importantes do desenvolvimento de uma pessoa: a comunicação, a socialização e o comportamento. Pode se apresentar em níveis diferentes de comprometimento, por isso o nome espectro”, explana.
Segundo a profissional, ainda não existe um exame laboratorial capaz de confirmar uma hipótese diagnóstica de autismo. “O que se pode realizar é uma análise de características clínicas com utilização de protocolos padronizados internacionalmente. Além de uma avaliação de uma equipe multidisciplinar, com fonoaudiólogos, neuropediatras e psicólogos, onde se investiga as causas relacionadas ao comportamento autista, tais como Síndrome do Cromossomo X Frágil, déficits auditivos, visuais, apraxia de fala e outras síndromes genéticas”, revela.
Na fonoaudiologia, estão disponíveis os métodos ABA, Plushand, Métodos dos Dedinhos, Multigestos, entre outros, possibilitando resultados com evoluções excelentes dos desenvolvimentos das crianças acompanhadas, principalmente quando o diagnóstico é feito precocemente. Quanto mais cedo for identificado o transtorno – ressalta a profissional – mais as técnicas terapêuticas e pedagógicas deixarão a criança próxima da autonomia nas atividades diárias.