De forma tradicional, a cirurgia de prótese de quadril é feita por uma via lateral direta. Trata-se de um acesso grande e com sangramento maior. Já na técnica minimamente invasiva, como o próprio nome já diz, a intenção é que o procedimento seja o menos invasivo possível.
A incisão, conforme relata o ortopedista especialista em cirurgia do quadril, doutor Juliano Paradela (Ortotrauma), pode variar entre cinco a 10 centímetros – de acordo com as individualidades do paciente. “Qualquer pessoa pode se beneficiar da técnica minimamente invasiva, exceto pessoas com sobrepeso muito grande, o que exige uma incisão maior para ter acesso a articulação”, expõe.
As vantagens, conforme enumera o médico, são muitas. “Primeiramente, há uma incidência de dor menor, um sangramento menor, uma permanência e tempo de internação mais curtos. Além da reabilitação mais rápida. Há pacientes que recebem alta no dia seguinte, o que na técnica tradicional se prolonga para até cinco dias”, revela.
A cirurgia minimamente invasiva é uma tendência mundial, e com a prótese de quadril não é diferente. Para doutor Juliano, trata-se de um grande avanço na medicina. “Eu comecei a fazer essa técnica há cerca de 5 anos, quando fui para Miami e realizei o curso, que mudou a minha visão e técnica cirúrgica no que diz respeito ao tamanho da incisão cirúrgica. Hoje, faço em praticamente todos os meus pacientes”, diz.
Muitas pessoas ainda buscam grandes metrópoles em busca do melhor tratamento. Vale ressaltar, porém, que a evolução da medicina está ao nosso alcance, aqui mesmo na região Sul capixaba. “Atualmente é muito fácil viajarmos para outros países em busca de conhecimento. Assim, o médico tem treinamento onde ele busca tal treinamento. Tudo depende do cirurgião, não necessariamente da cidade onde ele atua”, argumenta o especialista.
Foto: Jonathan Lessa