A alimentação inadequada é classificada pelo INCA como a segunda causa evitável de câncer. É responsável por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e por aproximadamente 35% das mortes pela doença. Considerado de má qualidade, o padrão alimentar da nossa população eleva as chances do desenvolvimento de neoplasias malignas.
De acordo com a gastroenterologista e nutróloga Karina Cassa Benevenuti, os fatores de risco bem determinados para o câncer são o excesso de peso, alimentação gordurosa e pobre em frutas e vegetais e inatividade física. “A obesidade é fator de risco bem estabelecido para o câncer de mama, por exemplo, e também diminui as chances de cura e aumento de recidiva”, explica a médica.
Por outro lado, a dieta saudável oferece proteção contra doenças malignas, pois o organismo funciona melhor do ponto de vista metabólico, combatendo as células pré-cancerosas. Um achado consistente, segundo doutora Karina, é que o excesso de calorias de qualquer fonte leva ao ganho de peso e ao aumento do risco de múltiplos cânceres. “Existem inúmeros estudos sobre cada tipo de alimento e sua relação com o desenvolvimento de tumor. Uma dieta rica em gordura animal, por exemplo, pode ser um fator importante no câncer de mama e próstata”, informa.
A especialista ressalta que o consumo elevado de carne vermelha e processada tem sido associado ao risco de câncer, principalmente de intestino. “Já a alta ingestão de frutas, vegetais e fibras está associada a uma redução significativa de câncer. Aumento de flavonoides encontrados em tomates, pimentões, frutas vermelhas e frutas cítricas têm sido associados com uma diminuição no risco de câncer de mama. A ingesta desses alimentos deve ser diária e variada”, orienta.
Quanto ao leite e seus derivados, a nutróloga esclarece que a relação entre sua ingestão com a diminuição do câncer já é bem documentada, principalmente pelo consumo de cálcio, que possui ação protetora. Também com ação protetora, o peixe (ácidos graxos e ômega 3) possui atividade anti-inflamatória. “O ajuste do peso corporal é imprescindível”, enfatiza.
Conforme explana doutora Karina, a inatividade física aumenta o risco de câncer e sua mortalidade. “Estima-se que mais de 60% dos adultos não são regularmente ativos, e 25% são completamente sedentários. Nós, profissionais envolvidos, estimulamos o exercício físico, inclusive durante o tratamento oncológico.
A duração ideal é de no mínimo 150 minutos semanais, com intensidade moderada”, orienta.
Dra. Karina Cassa Benevenuti atende na avenida Francisco Lacerda de Aguiar, 177, edifício Arpoador – Gilberto Machado, Telefone: (28) 3027-8844
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“O estilo de vida pode proteger seu organismo do câncer. Valorize sua vida! Cuide-se!”
Foto: Erika Medeiros