Cirurgia para corrigir descolamento de retina é caso de urgência

1005

A Vitrectomia posterior é a cirurgia de alta complexidade que remove a geléia que preenche o interior do globo ocular, quando a mesma encontra-se afetada pela presença de materiais estranhos (coágulos de sangue, tecidos cicatriciais, etc.) ou quando o referido humor vítreo está tracionando a retina e perpetuando um descolamento de retina ou buraco de mácula, entre outras anomalias.

Segundo o oftalmologista Marcelo Abrantes, da clínica Cemes, trata-se de uma cirurgia onde a qualidade do material faz a diferença nos resultados e no pós-operatório. É utilizada a sonda de calibre 27, que é mais fina do que as normalmente utilizadas.

“Sua penetração no globo é feita através de orifício que não requer sutura ao final. Os benefícios são vários. Sendo mais fina, o corte dos tecidos é feito de maneira mais delicada, podendo haver maior aproximação dos tecidos mais nobres; há ausência de suturas no globo ocular, menor inflamação no pós-operatório e menor tempo cirúrgico”, diz.

De acordo com doutor Marcelo, o descolamento da retina é uma das doenças mais graves que acometem os olhos, sendo considerado um caso de urgência oftalmológica. Quando a retina se descola da parede do globo ocular, sua capacidade de captar a luz fica prejudicada e a visão perde a nitidez.

“É uma doença grave porque existe risco de perda total da visão, de forma irreversível. Ocorre usualmente em pacientes após os 40 anos. As pessoas que apresentam maior possibilidade de desenvolvê-la são as que possuem história de descolamento de retina na família e que tenham alta miopia. Indivíduos que se submeteram a cirurgias intraoculares, que foram acometidas por inflamações oculares graves (toxoplasmose, por exemplo) ou complicações do diabetes também são sucessíveis ao problema. Traumas oculares ou acidentes que resultem em ferimento, pancada ou batida forte no olho, na face ou na cabeça, também podem provocar o descolamento de retina”, informa.

O tratamento do descolamento da retina, conforme elucida o especialista, pode ser realizado em casos precoces com fotocoagulação com laser, sendo um tratamento minimamente invasivo, mas somente efetivo se realizado nas fases iniciais do problema. “Após acontecer progressão do descolamento, o tratamento é sempre cirúrgico, sendo realizada a retinopexia pneumática em casos menos graves e a vitrectomia em casos mais complexos. Procurar ajuda médica é essencial para que o especialista defina a melhor conduta de tratamento”.

Os pacientes do Sul do Espírito Santo ganharam um importante aliado para combater esta patologia. A moderna cirurgia vitreorretiniana, que já é rotina na Cemes, permite o uso da nova plataforma cirúrgica ‘Constellation’.  Este equipamento de tecnologia sem precedentes é considerado o mais avançado e moderno do mundo na modalidade de procedimento vítreorretinianos. Está presente nos principais centros oftalmológicos do mundo, e agora, em Cachoeiro de Itapemirim.

“O sistema permite realizar cirurgias com equipamentos de calibre 25 e 27, atingindo uma velocidade de 10 mil cortes por minuto, enquanto todos os outros aparelhos disponíveis no mercado chegam a 2,5 mil cortes. Isso representa mais rapidez, segurança, menor risco de infecções, pós-operatório com menos riscos de intercorrências e recuperação mais rápida da visão, minimizando sofrimento e desconforto do paciente, que não leva pontos no olho, tem recuperação rápida e de uma forma muito mais efetiva”, finaliza o oftalmologista.

Foto: Jonathan Lessa



A revista Viver! é publicada mensalmente há mais de 17 anos com circulação no Espírito Santo. Trata-se de uma das mais importantes revistas de saúde do Brasil, com centenas de especialistas em prol do dilema "Informação que faz bem".


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *