Nós brasileiros temos a tradição de manter o contato físico quando encontramos alguém. E como o afastamento social tem sido um desafio! Nesse momento, precisamos nos reinventar e manter nossa sanidade mental. A psicóloga Marinéa Neves Telles reforça que diante desse novo quadro de isolamento social, alguns ajustes necessitam ser feitos.
O isolamento social, conforme menciona a profissional, pode acarretar alguns problemas psicológicos como estresse, depressão, síndrome do pânico e TAG (transtorno de ansiedade generalizada). “Manter o distanciamento se faz necessário nessa ocasião, mas é preciso tomar alguns cuidados, como evitar excessos de informações e pensamentos negativos, manter uma rotina e fazer exercícios físicos”, orienta.
De acordo com a psicóloga, a repetição constante de notícias deixa as pessoas em estado mental de alerta; a mente não relaxa e piora muito a capacidade de discernimento. “Busque aprender novos ofícios. A internet disponibiliza várias matérias. Faça atividades físicas, pois a sensação de bem estar melhora o funcionamento do organismo”, aconselha.
O importante, conforme salienta Marinéa, é voltar a atenção para o autocuidado físico e mental. “Muitos psicólogos estão fazendo atendimento online. Caso você já faça terapia, não deixe de realizar as sessões. É um momento de aproveitar toda a tecnologia a nosso dispor”, reforça.
Para quem está fazendo home office – aconselha a psicóloga -, o ideal é criar uma agenda e seguir uma rotina. Escolha um espaço tranquilo na casa para realizar as atividades profissionais e estabeleça um cronograma para executar as tarefas.
“Por mais que o isolamento seja imensamente frustrante, não podemos negar que a tecnologia nos ajuda, e muito, a superar bem e a estreitar os laços com amigos e familiares”, reflete a profissional. “A forma como conduzimos os fatos faz toda a diferença: Se você encara a quarentena como uma prisão, assim será, mas se existe um planejamento com rotina que venha preencher nosso tempo de uma forma prazerosa, será mais benéfico e saudável”, conclui.