Conheça as formas de tratamento para o distúrbio da gagueira

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No dia 22 de outubro é comemorado o Dia Internacional da Atenção à Gagueira.

Trata-se de um distúrbio de fluência que tem origem genética ou neurológica. Normalmente aparece antes dos seis anos de idade, apresenta um padrão de incidência familiar, pode ser relacionada a fatores ambientais, tende a ter ciclos de frequência e severidade.

Na maioria das vezes, existe um comportamento em evitar ou fugir para não falar. Segundo a fonoaudióloga Jakliny Leal Scarpi, da Fonocenter, essa atitude está associada com a expectativa e antecipação do momento em que irá acontecer. “É um evento psicossocial; em geral, as pessoas não gaguejam quando falam sozinhas, com bebês ou animais”, diz.

Gagueira não tem graça, tem tratamento. Conforme expressa a profissional, o ideal é procurar um fonoaudiólogo, que é o profissional que trata e proporciona qualidade de vida a quem tem esse distúrbio. Podendo envolver em seu tratamento, além do fonoaudiólogo, outros profissionais, como por exemplo o psicólogo.

“Uma consideração básica é a distinção entre a gagueira infantil e no adulto. Com relação a gagueira na infância, é fundamental inicialmente a investigação para dificuldades básicas da criança como desenvolvimento, segurança, afeto e atenção. Em alguns casos apenas a orientação familiar e algumas mudanças em casa e na escola são suficientes”, declara a fonoaudióloga.

Porém, caso apresentem dificuldades em áreas específicas, Jakliny explica que as crianças são trabalhadas de forma lúdica, com o objetivo que venha à tona a fluência espontânea. Reduzindo tensões e a ansiedade, que possam estar impedindo a fluência da fala. “O fonoaudiólogo visa, em seu tratamento, que a criança passe a apresentar fluência, muitas vezes sem ter consciência do que ocorreu”, argumenta.

Já em adultos, a profissional esclarece que o tratamento é um pouco diferente, pois a gagueira já está presente em seu dia a dia há anos, provavelmente deixando marcas profundas em sua fala. “A pessoa pode apresentar também autoestima rebaixada, com sensação de impotência em sua comunicação. Sendo necessária uma maior percepção corporal, da musculatura da oral (da fala), respiração e familiarização com o ato de falar, por exemplo”, finaliza.

Pare, escute e respeite

Ao conversar com uma pessoa que possui gagueira, atente-se às dicas abaixo:

– Escute com naturalidade o que ela tem a dizer, sem tentar completar ou adivinhar a palavra;

– Evite sugestões como: fale devagar, respire fundo ou fale direito;

– Não discrimine as pessoas que gaguejam, suas habilidades vão além disso.

Foto: Jonathan Lessa



A revista Viver! é publicada mensalmente há mais de 17 anos com circulação no Espírito Santo. Trata-se de uma das mais importantes revistas de saúde do Brasil, com centenas de especialistas em prol do dilema "Informação que faz bem".


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