O tratamento em pacientes oncológicos com quimioterapia e/ou radioterapia tem consequências na cavidade oral, sendo bastante frequentes a xerostomia (boca seca), infecções bacterianas, virais ou fúngicas e a mucosite oral. A mucosite oral é caracterizada por áreas vermelhas, seguidas de edema, úlceras e sangramento havendo um desconforto intenso provocado pela dor, comprometendo a mastigação, deglutição e fala.
De acordo com doutora Luciana Arpini Cocco, mestre em ortodontia, o problema afeta negativamente a qualidade de vida do paciente gerando aumento do uso de medicamentos, aumento do tempo de internação hospitalar e até interrupção do tratamento proposto.
Apresentando-se como uma alternativa eficaz para amenizar tais efeitos, a laserterapia é um recurso tecnológico usado em várias áreas odontológicas. “Especificamente na mucosite oral, usamos o de baixa frequência, o qual produz efeito de analgesia, efeitos anti-inflamatórios e biomodulação celular. É um procedimento indolor, não invasivo e não gera calor; é feito no consultório odontológico, totalmente tolerável e aceito pelos pacientes, sendo efetivo na redução da severidade e duração da mucosite oral”, afirma a odontóloga.
Os cuidados relacionados à saúde bucal, conforme explana a cirurgiã-dentista, são importantes nos períodos de pré, trans e pós-tratamento oncológico. “Esses pacientes requerem atendimento integrado entre a área médica e odontológica a fim de se ter prevenção, diagnóstico e tratamento adequado e realizado em momento oportuno, sem gerar interferência no tratamento antineoplásico”, argumenta.
Foto por Erika Medeiros