Carla Roberta do Nascimento Vargas
Psicóloga cognitivo-comportamental
A construção da autoestima é possível? Se você respondeu sim, você está completamente correto. Se ficou na dúvida, as palavras a seguir vão te ajudar. Trata-se de uma construção que precisa se iniciar ainda na infância. Conforme nos desenvolvemos e crescemos, tudo o que sentimos e vivemos ao nosso redor contribui para a construção da autoestima.
Se nesse desenvolver as experiências são positivas e reforçadas, a tendência é se ter uma autoestima em alta, mas se no decorrer das experiências, situações negativas acontecem, não há reforço em determinados comportamentos, então pode ocorrer, em alguns casos, a baixa autoestima.
Uma pesquisa realizada em setembro de 2019 pela empresa de dados Insights e Consultoria apontou de acordo com os resultados obtidos, que as brasileiras não têm real crença na própria capacidade e valor por vários motivos: ausência de autonomia financeira (24%), autonomia sexual e corporal (23%), liberdade de pensamento e expressão (22%), representatividade (16%) e conexões sociais (15%). E a falta desses elementos faz com que 20% das mulheres se sintam com baixa autoestima. Esse número é quase 10% superior quando comparado aos homens.
Perder a autoestima ou não tê-la de forma equilibrada na vida adulta pode acarretar uma série de riscos. O primeiro deles é o de não ter a mesma força de sempre para resolver as questões que surgem no dia-a-dia. A pessoa vai se abatendo, ficando sem forças e começando a ter sentimentos de culpa, vergonha, medos e insegurança. Quando estas sensações começam a dominar os pensamentos, e até afetar as relações e a qualidade de vida, chegou a hora de buscar a ajuda de um profissional. Além dessa ajuda, outras técnicas podem ser acrescentadas na rotina para que a pessoa se sinta melhor, como: autocuidado, realizar atividades que sejam prazerosas, ter à sua volta pessoas que te valorizam e respeitam e, é claro, a ajuda de um Psicólogo para intervir na construção do autoconhecimento e do amor próprio.