Conhecida pela sigla DTM, a Disfunção Temporomandibular é uma doença crônica e suas complicações impactam nosso bem estar físico e emocional. Atualmente, cerca de 10 a 12 % dos pacientes nos consultórios odontológicos apresentam dores que estão relacionadas com fatores psicológicos, tais como o transtorno de ansiedade e a depressão.
Apesar de os estudos que relacionam a DTM com depressão estarem avançados, ainda não existe uma resposta definitiva. “Sabe-se que hoje pacientes com DTM crônica apresentam um alto risco de depressão, assim como outros transtornos psicológicos como a síndrome do pânico e o transtorno de ansiedade”, analisa doutor Vinícius Martins, cirurgião dentista especialista em ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares.
Segundo o odontólogo, trata-se de pacientes que lidam com a dor e o desconforto há muito tempo e em vários momentos do seu dia-a-dia. São aquelas pessoas que diariamente se queixam de dores e desconfortos, tais como: enxaqueca, dificuldade na mastigação, cervicalgia, otalgia, tonturas, vertigem, sensação de ouvido tamponado e zumbido.
“É importante que o paciente fique atento aos sintomas mais relevantes no que diz respeito a DTM associada à depressão, a saber: pessoa desanimada para fazer atividades antes prazerosas, dificuldade de concentração, insônia, pessimismo, estalo na articulação, apatia, irritabilidade, ansiedade, distúrbio do sono, bruxismo, dentre outros”, enumera doutor Vinícius.
Para tratar essas questões, o especialista recomenda que o tratamento seja multidisciplinar envolvendo médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, profissionais da educação física, entre outros. “É importante lembrar que para o sucesso do tratamento é imprescindível a colaboração e o empenho do paciente, a fim de se obter um resultado satisfatório melhorando o seu bem estar e a sua qualidade de vida”, completa.