No dia 20 de janeiro comemora-se o Dia Nacional do Farmacêutico. No Brasil, são 221,2 mil profissionais atuando em 160,6 mil empresas e estabelecimentos da área farmacêutica do país, conforme dados do Conselho Federal de Farmácia. Sem dúvidas, o amor desses profissionais pela vida e sua dedicação ao cuidado com o bem-estar das pessoas tem se tornado ainda mais evidente desde o surgimento do novo Coronavírus. Trata-se do profissional da saúde mais presente no cotidiano da população, e que possui um papel fundamental na luta contra a Covid-19.
Na batalha contra a pandemia, profissionais da saúde de todas as classes foram convocados a assumir a linha de frente, incluindo os farmacêuticos. Quando a comunidade científica ainda buscava conhecer com maior clareza as formas de contágio pelo novo coronavírus e a sociedade se isolava em casa, os farmacêuticos das cerca de 90 mil farmácias brasileiras se colocaram a postos a fim de garantir o atendimento aos usuários de medicamentos.
De acordo com a farmacêutica bioquímica Aline Sartori, proprietária das drogarias Novo Parque e Alto Vilage em Cachoeiro, a principal função deste profissional no contexto pandêmico é a orientação à população. “Por ser um profissional que lida com diversas pessoas no dia-a-dia, o farmacêutico pode e deve orientar sobre prevenção e sintomas, bem como ajudar a combater fake news que envolvem a doença”, esclarece.
O papel do profissional de farmácia sempre foi contribuir com a sociedade. Muito além de seu valioso conhecimento técnico, o farmacêutico desempenha uma abordagem humanizada – agora, em um momento tão delicado que a humanidade vive, mais do que nunca. A atenção farmacêutica em tempos de pandemia, conforme ressalta Aline, é ampla. “O farmacêutico pode ajudar até mesmo no diagnóstico de possíveis sintomas da Covid-19, incentivando o sintomático a buscar auxílio médico. Além disso, ajuda a esclarecer dúvidas sobre as medicações receitadas pelo especialista”, aponta.
Para atuar na linha de frente da pandemia com eficiência, é de suma importância que o profissional de farmácia se mantenha atualizado. “Por ser um vírus muito recente, muitas novidades surgem a todo tempo e precisamos estar a par das mesmas para prestar um atendimento de excelência”, relata a farmacêutica. “Cada nova notícia afeta diretamente nossa rotina, já que a população vem até nós em busca de medicamentos ou informações sobre o que funciona ou não”, expõe.
Dia do farmacêutico
Celebrado em 20 de janeiro, o Dia Nacional do Farmacêutico tem como objetivo a valorização e estímulo do profissional farmacêutico. A data foi escolhida em função da fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), em 20 de janeiro de 1916. Na época, era a maior instituição representativa da categoria no país.
Levando em conta a necessidade de unificar a comemoração do Dia do Farmacêutico e por almejar maior visibilidade e reconhecimento, o Conselho Federal de Farmácia, por meio da Resolução nº 460, de 23 de março de 2007, reconheceu o dia 20 de Janeiro como o Dia do Farmacêutico.
Para que o dia 20 de janeiro seja marcado pelo reconhecimento daqueles que lutam em prol a farmácia, foi criada pelo Conselho Federal de Farmácia, por meio da Resolução nº 323, de 16 de janeiro de 1998, a Comenda do Mérito Farmacêutico, que visa distinguir farmacêuticos e autoridades pelos relevantes serviços prestados à profissão. A entrega da Comenda do Mérito Farmacêutico é realizada durante as comemorações do Dia do Farmacêutico.
Trabalho incansável
- Nas análises clínicas
Além de estar a postos em milhares de farmácias em todo o país, o farmacêutico brasileiro está presente nos bastidores em diversos campos de atuação na luta contra a Covid-19. Nos cerca de 10 mil laboratórios de análises clínicas de propriedade de farmacêuticos no Brasil, por exemplo. Por meio de resultado de exames, esses profissionais apoiam cerca de 70% das decisões clínicas. Assim como as farmácias, esses estabelecimentos nunca fecharam as portas!
- Nos hospitais
Vale destacar também o trabalho essencial que os farmacêuticos têm feito em hospitais espalhados por todo o país, colocando sua expertise a serviço dos pacientes e da segurança dos trabalhadores dessas unidades de saúde. Um exemplo foi a redução de 30% do número de entradas nas UTIs do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após ajustes promovidos por farmacêuticos clínicos nos protocolos terapêuticos, o que diminuiu a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), conforme divulgado pela assessoria de imprensa do Conselho Federal de Farmácia (CFF).
- No desenvolvimento de novas tecnologias
Profissionais de farmácia contribuíram, ainda, no desenvolvimento de novas tecnologias para a assistência aos pacientes de Covid-19. No intuito de ajudar a contornar a crise gerada pela falta de respiradores no mercado, a startup em que o farmacêutico Ricardo Ferreira Nantes é presidente desenvolveu, em um tempo recorde de menos de três meses, o Equipamento de Suporte Respiratório Emergencial e Transitório. A ferramenta é mais barata e utiliza uma tecnologia alternativa.
Outro exemplo citado pelo CFF é um sistema inteligente desenvolvido no Rio Grande do Sul, o qual auxilia o farmacêutico clínico durante a avaliação do paciente no ambiente hospitalar. Projetado por uma equipe liderada pela farmacêutica Ana Helena Ulbrich, diretora do Instituto de Inteligência Artificial, o sistema cria uma barreira para evitar que o dano de um erro de prescrição chegue ao paciente. Dessa forma, é possível dar maior atenção às prescrições com maior risco de erro, o que aumenta a segurança.
Aline Sartori – farmacêutica bioquímica
Proprietária das drogarias Novo Parque e Alto Vilage
Telefones: (28) 3522-6644/ 99901-7264
E-mail: drogarianovoparque@hotmail.com
Av. José Rosa Machado, 305, Alto Novo Parque – Cachoeiro de Itapemirim –ES