Natal: O que as pessoas de fato sentem nesse período do ano

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A psicóloga Tatielly Baião Bonan – Foto por Matheus Baião

Por Tatielly Baião Bonan

Psicóloga

As festividades de fim de ano logo terão início, e com elas, intensas emoções já se fazem presentes assim que dezembro surge em nosso calendário. A capacidade de nos emocionarmos é uma dádiva, os sentimentos são como estrelas guias que nos mostram um caminho a ser investigado, permitindo que criemos consciência da vida que temos levado, das escolhas que temos feito, e do que tem acontecido conosco e com os que amamos.

Os contextos do Natal e do Réveillon apresentam uma demanda social. As mídias divulgam incansavelmente imagens de felicidade plena ao nos apresentarem cenas de famílias reunidas em harmonia, felizes, rodeadas das mais deliciosas ceias, trocando presentes num cenário muito bem decorado. Nossas caixas de e-mail e contas nas redes sociais ficam abarrotadas de propagandas com destinos de viagens imperdíveis a lugares paradisíacos.

Mas ao olharmos à nossa volta, a realidade pode ser bem distante desse cenário que nos apresentam como se fosse o que a maioria das pessoas vive. Intensa ou sutilmente, as emoções surgem e nos deparamos com inúmeros relatos sobre o que as pessoas de fato sentem nesse período do ano. Ao contrário do que se imagina, muitas pessoas sentem solidão, tristeza, insegurança, raiva, inveja, ansiedade e medo.

Isso acontece porque não existe nada perfeito, e entre as principais situações desafiadoras presentes nos lares, podemos identificar: ter que se reunir com parentes com os quais não convive, não têm intimidade ou têm um grande conflito em andamento; a ausência de um ente querido, seja por estar distante ou ter falecido; lembranças nostálgicas de outras épocas consideradas melhores que a atual; endividamento pelas compras de presentes e comidas; comparações com a realidade de outras famílias; não ter com quem passar as festividades; avaliação das metas que não foram alcançadas e das perdas que se fizeram presentes ao longo do ano.

Se por um lado conseguimos entender a contradição entre expectativa e realidade, por outro, não podemos perder de vista ao que de fato nos convoca o Natal. Entendo que é a manifestação do amor. Amor a Deus, a si e ao próximo. Ora, independentemente de como seja o verdadeiro cenário que envolve nossas relações familiares, que o amor e o perdão se façam presentes e que sua manifestação possa restaurar nosso amor próprio, aquele que nos fortalece e afasta de relações tóxicas, e nos liberta para cuidarmos de nós sem culpa. Que o amor e o perdão se façam presentes e que sua manifestação possa restaurar nosso amor ao próximo, permitindo que dores sejam curadas e uma nova fase de relacionamento tenha início. E que o amor de Deus seja nossa verdadeira estrela guia!

 

Tatielly Baião Bonan é Psicóloga especialista em Psicanálise, Terapia cognitivo-comportamental, Terapia de família e Educadora Parental (CRP 1314/16). O consultório está localizado no Shopping Cachoeiro: Rua 25 de Março, 33, sala 212 – Centro. Telefone: (28) 99959-0650. Siga Tatielly no Instagram: @tatiellybonan

 



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


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