Sabe-se que após o desenvolvimento de transtornos mentais – como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), dislexia e outros – e/ou após as lesões, é possível proporcionar a essas pessoas qualidade de vida. O neuropsicólogo – especialista interessado em entender a relação entre o Sistema Nervoso Central, o comportamento e as funções cognitivas -, em conjunto a uma equipe interdisciplinar, tem um papel fundamental nesse processo.
A Neuropsicóloga Dra. Daniele de Souza Garioli explica que através da avaliação neuropsicológica, a qual engloba testes e procedimentos, é possível identificar o grau de integridade e de comprometimento das funções cognitivas, além de alterações comportamentais que precisam ser reabilitadas. A partir daí, o paciente é encaminhado para os profissionais necessários para a melhora do quadro. “Geralmente, a reabilitação ocorre de forma interdisciplinar, na qual psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, além de neurologistas e/ou psiquiatras trabalham em conjunto com o objetivo de criar estratégias compensatórias para cada uma das dificuldades do paciente”, salienta doutora Daniele.
A neuropsicóloga ressalta que quanto mais cedo o paciente for diagnosticado, melhor será o prognóstico de recuperação. “À criança com transtornos de aprendizagem, é imprescindível, por exemplo, realizar fonoterapia. Isso devido às dificuldades relacionadas à linguagem e ao processamento auditivo central; além de psicoterapia – pois são comuns comportamentos de desmotivação no momento da realização da tarefa e sentimentos de insegurança e baixa autoestima -, apoio psicopedagógico e reabilitação neuropsicológica”, relata.
A reabilitação neuropsicológica é feita com base nas funções que estão preservadas. “Como em qualquer tratamento terapêutico, os resultados dependem também de fatores como engajamento e motivação do paciente. Quanto mais empenhado o paciente estiver, melhores serão as respostas. Nesse sentido, o paciente passa a adotar comportamentos mais adaptativos e terá atitudes que o possibilitam utilizar as funções preservadas, de forma a compensar as que foram prejudicadas”, expõe.
Dra. Daniele de Souza Garioli
Psicóloga/Neuropsicóloga (CRP 16/2446)
Doutorado em Psicologia e Avaliação Psicológica – UFES
Mestrado em Psicologia e Processos Cognitivos e Perceptuais – UFES
Pós-graduação em Neuropsicologia e Reabilitação Neuropsicológica- INESP/SP
Pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental
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