Oftalmologistas viajam para a Austrália e trazem novidades

429

Jessica Castelo

jessica@editoraviver.com.br

  1. Jessica: Doutor Paulo, tendo em vista toda a sua experiência internacional e no desenvolvimento da oftalmologia Sul capixaba, poderia pontuar para nós quais os principais avanços que você observou na área nos últimos anos?

Dr. Paulo Ney Viana Filho: A oftalmologia nesses últimos anos evoluiu muito. Na cirurgia de catarata, por exemplo, antigamente precisávamos abrir praticamente 180 graus do olho para tirar o cristalino e implantar a lente artificial. Hoje, temos a facoemulsificação, que com apenas dois furinhos sutis, aspira-se o cristalino, dobra-se uma lente e injeta-se essa lente. Uma cirurgia que demorava uma hora e meia, atualmente pode ser feita em 10 minutos e com recuperação e resultados rápidos.

As lentes evoluíram muitíssimo. Um exemplo é a lente trifocal, que fornece visão para todos os ângulos. Muitas vezes é usada para pacientes que querem se livrar dos óculos. Também temos a lente de foco estendido, que é outra opção para diminuir a necessidade de óculos.

2. Fale um pouco sobre suas viagens dentro e fora do Brasil na busca por atualização, muitas vezes junto ao seu pai, com quem atua lado a lado.

Estive em um congresso de glaucoma recentemente, juntamente com os doutores Paulo Ney Viana e Flávio Hemerly, e vimos uma grande evolução na área: uma cirurgia onde se implanta um mini stent nos olhos com apenas um furinho para controlar a pressão intraocular do paciente. Essa tecnologia vai chegar no final do ano no Brasil, e já fizemos o curso para realizar esse procedimento. Também testamos um tomógrafo de coerência ótica com angiografia, o qual vamos negociar para levar para a Cemes.

É importante estar antenado ao que acontece. E hoje posso dizer que a Cemes tem os melhores equipamentos. O que vimos no congresso na Austrália é o que a gente usa, pouca gente já está fazendo o que estamos fazendo em Cachoeiro. A necessidade de se desenvolver e de correr atrás das novidades é muito grande. Essas viagens e congressos são a maneira de eu falar meu “muito obrigado” para cada paciente que confia no nosso trabalho.

3. Em termos de evolução, como você descreveria a Cemes de 20 anos atrás e a Cemes de hoje, nesse ano de 2019?

Dr. Paulo: Sempre digo que meu pai é um visionário, uma pessoa à frente de seu tempo. Assim como ele me disse que aconteceria há 25 anos, quando eu ainda estava começando minha residência, hoje a Cemes possui vários oftalmologistas, cada um atuando em uma área específica, ocupando a maioria dos sete andares do prédio. Algo que eu via em Nova York e não conseguia enxergar em Cachoeiro, mas que hoje é uma realidade. A Cemes não perde nada para outras grandes clínicas do Brasil.



Editora da Revista Viver! - Jornalista há mais de 15 anos, atua também na área de Marketing Digital como social media.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *