De acordo com a pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde, após três anos de estagnação a obesidade voltou a crescer no Brasil. Hoje, 55,7% da população está acima do peso, o qual inclui casos de obesidade. A pesquisa mostra, ainda, que os casos têm sido maiores em adultos entre 25 a 44 anos, com aumento de 84,2%. Sendo 20,7% mulheres. O percentual de adultos obesos em Vitória, capital do Espírito Santo, é de 18,4%.
Conforme elucida o cirurgião bariátrico e metabólico André Mattar, a obesidade é a maior epidemia de doença não transmissível do século, sendo um problema de saúde pública em muitos países, principalmente nos Estados unidos e Brasil. “Atualmente mais da metade da população brasileira é acometida pela obesidade. Esses números revelam o aumento do sedentarismo e da dieta muito calórica e pouco nutritiva consumida por essa população”, aponta.
O fator mais preocupante, segundo doutor André, é que a obesidade é fator causal ou de piora de várias doenças como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, esteatose hepática, problemas osteoarticulares e problemas emocionais como a depressão.
“Dentre os obesos mórbidos, ou seja, aqueles que têm o IMC maior que 40, o sucesso do tratamento clínico para obesidade é menor que 20%, sendo a cirurgia bariátrica uma grande arma no arsenal terapêutico desses doentes, com resolução da obesidade mórbida em 95% dos casos”, revela o especialista.
Ainda de acordo com o cirurgião, vale ressaltar que apenas há indicação de cirurgia bariátrica os pacientes que têm o IMC maior que 35 com alguma doença associada à obesidade, ou pacientes com o IMC maior que 40, e que tenham tentado tratamento clínico adequado – o qual inclui reeducação alimentar e atividade física – por mais de dois anos.