Localizado no andar superior do abdome, o pâncreas se encontra em uma posição retroperitoneal, e fica próximo do estômago e do duodeno (parte inicial do intestino fino). Esse órgão exerce duas funções primordiais chamadas exócrina, na qual secreta substâncias que auxiliam na digestão, e endócrina (insulina).
O câncer de pâncreas representa aproximadamente 2% dos casos de câncer no adulto. Conforme relata o cancerologista José Zago Pulido, da IOSC, a faixa etária de maior prevalência é entre 60 e 70 anos. A distribuição entre os sexos é semelhante – informa o especialista – sendo um pouco mais frequente no sexo masculino.
O médico explica que os principais fatores de risco são tabagismo e etilismo. Além de obesidade, sedentarismo, história familiar e algumas síndromes genéticas. “Os sintomas mais comuns são dor no andar superior do abdome, em faixa e irradiando para as costas, icterícia (amarelão), desenvolvimento abrupto de diabetes, emagrecimento, náuseas e perda do apetite”, expõe.
O diagnóstico, de acordo com doutor Pulido, pode ser suspeitado através de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia, ressonância) e deve ser confirmado com biópsia sempre que possível. No que tange às opções de tratamento, ele esclarece que a cirurgia é o principal tratamento, sendo realizada com retirada de todo o tumor e os linfonodos ao redor.
“O prognóstico do câncer pancreático depende do diagnóstico precoce. A cura só pode ser alcançada nos casos iniciais. Em relação à quimioterapia, mais recentemente, a publicação do estudo ESPAC-4, que adicionou a capecitabina à gencitabina (esquema padrão no passado) acrescentou um ganho absoluto de 12% na sobrevida global”, revela o cancerologista. “Ter um estilo de vida saudável, evitando os fatores de risco, é importante para diminuir as chances de desenvolver esse e outros cânceres”, orienta.
(foto: Jonathan Lessa)