A fim de separar os variados medicamentos existentes no mercado, os quais possuem diferenças e níveis de risco ao serem consumidos, foi criada uma organização através de tarjas que são colocadas em suas caixas. Assim, os remédios são separados em quatro grandes grupos: tarja amarela, vermelha, preta ou sem tarja. Essa identificação auxilia na segurança dos pacientes e facilita o cotidiano de médicos e farmacêuticos, funcionando como um guia para a prescrição, dispensação e orientação adequada sobre seu uso.
Quem define as sinalizações de cada medicamento é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O órgão nacional é responsável por certificar, distribuir e comercializar todos os medicamentos em solo brasileiro. Falando sobre os medicamentos sem tarja, a farmacêutica bioquímica Aline Sartori explica que estes podem ser vendidos de forma livre, isentos de prescrição. Vale ressaltar, porém, que ainda são medicamentos que podem gerar efeitos colaterais e não devem ser utilizados de forma compulsória. Entre eles, estão os remédios feitos para gripes, dores de cabeça, azia ou desconfortos estomacais.
No que diz respeito aos medicamentos de tarja amarela, a proprietária das drogarias Novo Parque e Alto Vilage em Cachoeiro esclarece que são os conhecidos como genéricos, e a tarja serve para diferenciá-los dos similares e de referência. A sinalização ainda deve incluir um “G” e o aviso “Medicamento Genérico”. “No caso de já ser um medicamento tarjado, ele deve conter a tarja amarela indicando que é genérico e conter a tarja vermelha ou preta do original”, elucida.
As tarjas vermelhas, conforme ressalta a profissional, servem para indicar que esses medicamentos necessitam de uma prescrição assinada por um profissional da saúde habilitado – geralmente, médicos e dentistas – para serem adquiridos. “Podem precisar ou não de retenção da receita médica e, no caso dos que precisam, o cliente deve deixar a prescrição médica na farmácia”, esclarece. Medicamentos utilizados para diabetes, hipertensão arterial e psicotrópicos são alguns exemplos de remédios com tarja vermelha.
Já os fármacos que recebem tarja preta são aqueles que, para a própria segurança do paciente, precisam de um controle e cuidado maiores na hora de serem receitados. “Por serem medicamentos que atingem o Sistema Nervoso Central, podem gerar muitos efeitos colaterais e reações adversas e, por isso, são indicados apenas para pessoas que precisam tratar condições médicas sérias como obesidade, depressão, insônia, síndrome do pânico e transtorno de ansiedade”, afirma Aline Sartori.
Aline Sartori – farmacêutica bioquímica
Proprietária das drogarias Novo Parque e Alto Vilage
Telefones: (28) 3522-6644/ 99901-7264
E-mail: drogarianovoparque@hotmail.com
Av. José Rosa Machado, 305, Alto Novo Parque – Cachoeiro de Itapemirim –ES